Citados na delação de Mauro Cid, Michelle e Eduardo são cotados para substituir Bolsonaro em 2026

Por Agência

26/01/2025 11h16
última atualização 27/01/2025 11h16


BRASÍLIA – A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – ambos mencionados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid por terem instigado o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a dar um golpe de Estado – são cotados para disputar o Palácio do Planalto em 2026.

O próprio ex-presidente cogitou que ambos podem ser opções para o pleito eleitoral do próximo ano, já que ele está declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em entrevista à CNN Brasil, na última quinta-feira, 23, ele descreveu o filho Eduardo como “uma pessoa madura”, com “vasto conhecimento de mundo”.

Sobre Michelle, Bolsonaro disse que “é um bom nome com chances” e apontou que sua viagem para participar da posse de Donald Trump, nos Estados Unidos, concederia “uma popularidade enorme para ela”. Acrescentou ainda, em tom de brincadeira, que uma das condições seria que a ex-primeira-dama o nomeasse como ministro da Casa Civil, caso fosse eleita.

Mais tarde, no entanto, o ex-presidente recuou. Ao site jornalístico Metropóles, Bolsonaro disse que Michelle pode ser candidata ao Senado e que, se tiver que optar por um parente para disputar a Presidência, seria o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ou Eduardo.

Tanto Eduardo quanto Michelle viajaram para os Estudados Unidos para a posse de Trump, enquanto Bolsonaro, que está com o passaporte retido por decisão do ministro Alexandre de Moraes, ficou no Brasil. No entanto, os dois ficaram de fora da Rotunda do Capitólio dos Estados Unidos, onde foi realizada a posse, e tiveram que acompanhar a cerimônia em um estádio de basquete e hóquei localizado na capital americana.

Eles voltaram ao noticiário neste sábado, 26, com a revelação da primeira delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. Nessa declaração, dada à Polícia Federal em agosto de 2023, Cid disse que Michelle e Eduardo faziam parte de um grupo que atuou para convencer Bolsonaro a dar um golpe de Estado após ter sido derrotado por Lula na disputa pela Presidência da República, em 2022. O Estadão busca contato com os citados, mas ainda não obteve retorno. Apenas a defesa de Jair Bolsonaro se manifestou, criticando os “vazamentos seletivos” na delação, enquanto o ex-presidente não consegue acesso legal ao documento 

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